quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Brasil também tem rock no navio


Desde 7 de junho de 1977 quando o Sex Pistols alugou um barco para tocar a polêmica “God save the queen” no rio Tâmisa, que o rock se atreve a palcos sobre a água. Em diferentes lugares da Europa e Estados Unidos há festas de rockabilly e psychobilly em barcos. Como o “Ink 'n Iron”, em Long Beach, na California (EUA). O cinema também tem um representante bem bacana, “The Boat That Rocked” (2009), sobre uma radio pirata num navio.

Mas o Brasil também tem seus marujos roqueiros. A quinta edição do Motorcycle Rock Cruise de 2015 será realizada em fevereiro de 2015. Serão cinco dias no sistema “all inclusive”. Ou seja, toda consumação incluída no ingresso, incluindo bebidas.

O line up não é dos melhores porque é uma salada. Mas tem muito rock´n´roll sim. Essa edição as atrações principais serão Sepultura e Plebe Rude. Além de bandas gringas que ainda serão anunciadas, bandas covers, karaokê e festa a fantasia.
O navio é o Zenith, luxuosa embarcação com 12 decks e capacidade para 1,8 mil pessoas. Os valores são entre R$ 1,55 mil e R$ 2,2 mil. Você deve consultar um agente de viagem para mais informações.

Confira o roteiro do Motorcycle Rock Cruise:
4 de fevereiro – embarque em Santos (SP);
5 de fevereiro – parada em Paranaguá (PR)
6 de fevereiro – Porto Belo (SP)
7 de fevereiro – viagem em alto mar
8 de fevereiro – fim da viagem em Santos (SP)

quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Bandas usam o DIY pela reabertura de CineTeatro abandonado

plaza

Abandono e descaso. Essa é a situação que acompanha o espaço histórico CineTeatro Plaza no centro de Maringá há anos. Por isso cinco bandas underground maringaenses - Ataque de Tubarão, FFAR, The Junkies, Desgraceria e Comsequencia - se uniram num ato de ocupação cultural no último sábado (24) pedindo a reabertura do espaço para a população. Ao melhor estilo do it yourself.
O curioso é que frente à ineficiência da secretaria de Cultura de Maringá em oferecer alternativas culturais para a população, ainda cria dificuldades para que os artistas possam colocar em prática seus projetos independentes. Vide o caso do Coletivo Maringá Independente que tinha todo um planejamento de eventos e após contatos com a prefeitura para fazer tudo dentro das normas, acabou adiando a iniciativa.
HISTÓRIA - Com a decadência dos cinemas de rua pelo avanço das salas cinematográficas em shoppings, a cidade viu o CineTeatro Plaza ser comprado pela prefeitura em 1990, o Cine Maringá ser comprado por uma igreja evangélica em 2000, o Cine Peduti ser demolido em 2007 para dar lugar a um comércio e o Cine Horizonte ser depredado em 2008.
O CineTeatro Plaza foi criado em 1968 e tem capacidade aproximada de 600 lugares. Em 2002 o local foi fechado por supostas irregularidades estruturais. Entre 2003 e 2006 foram feitas adequações no local, mas continuou fechado. Em 2012 houve mais uma das “misteriosas” tentativas da prefeitura em privatizar um ponto na cidade. O que também não foi para frente. No ano passado um grupo formado por agentes culturais e voluntários fez mobilizações para a reabertura do espaço cultural.
E no último final de semana cinco bandas de punk rock, grind e hard core se uniram para uma ocupação cultural pela reabertura do Plaza. Não houve bagunça, enfrentamento com a polícia e nem provocação para a prefeitura. Os amplificadores foram ligados, as bandas tocaram, o público se divertiu e todo mundo ajudou na limpeza e manutenção da ordem.
Assim Ataque de Tubarão, FFAR, The Junkies, Desgraceria e Comsequencia tocaram na calçada em frente à fachada bloqueada do espaço cultural num evento histórico, mostrando que a cultura de uma cidade não depende de “esmolas” públicas para existir. Mas, tem o direito de usar espaços públicos para suas manifestações artísticas. O evento ainda teve um cunho social, já que foi divulgada uma possível contribuição espontânea do público. O dinheiro arrecadado foi destinado para a Sociedade Protetora dos Animais de Maringá (Socpam).
DEPOIMENTOS
“Foi bem legal! A galera respeitou a orientação de não obstruir a via, juntou o lixo. Foram muitas pessoas que nunca havia visto em nossos eventos.  O som estava legal. Todas as bandas ajudaram. Foi bem coletivo, mesmo!”, Murilo Rigo, vocalista da banda FFAR
“Estava conversando com um amigo para fazermos um som na praça. Aí, outro amigo deu a ideia de fazer do ensaio aberto um protesto no Plaza. Fizemos um grupo no Facebook com as bandas e começamos a correria dos equipamentos. A intenção é reabrir o Plaza. Mas não temos nenhum tipo de instituição por trás. Teve bastante discussão. Foi uma movimentação bem coerente com a proposta ideológica”, Raoni Arroyo, vocalista da banda Ataque de Tubarão
"A gente sempre quis tocar numa parada na rua. Seria bom tocar lá dentro do teatro também. E as banda de Maringa estão bem unidas. Isso é uma coisa muito boa, sem preconceitos idiota de estilo”, Vitor de Moraes, guitarrista e vocalista da banda Desgraceria

“Mostramos que o movimento de bandas maringaenses está criando bases sólidas ao habitar não somente as casas noturnas, mas também eventos em uma causa social pra benefício de muitos. O movimento pra reabertura de um espaço cultural tão histórico de Maringá mostra que é possível, através do "faça você mesmo". Foi muito legal tocar nesse dia, pois unimos  estilos diferentes, de forma organizada e pacífica”, Carlos Poppi, baterista do The Junkies

“Foi muito bom tocar na rua. Queremos espaço e reconhecimento da nossa cultura para liberdade da expressão cultural. E fortalecimento e apoio por parte de todos, principalmente dos governantes. Esperamos juntar forças com muitos músicos, artistas, para poder exigir severamente dos políticos a retenção, reforma e reabertura do CineTeatro Plaza. E também uma maior fomentação dos artistas locais”, Gary Azevedo, baixista da banda Comsequencia
Fotos: Alvaro Sasaki
23 de Agosto, 2014 - Ataque de Tubarão, Comsequência, The Junkies, Desgraceria e FFAR @ Cine Teatro Plaza 23 de Agosto, 2014 - Ataque de Tubarão, Comsequência, The Junkies, Desgraceria e FFAR @ Cine Teatro Plaza 23 de Agosto, 2014 - Ataque de Tubarão, Comsequência, The Junkies, Desgraceria e FFAR @ Cine Teatro Plaza 23 de Agosto, 2014 - Ataque de Tubarão, Comsequência, The Junkies, Desgraceria e FFAR @ Cine Teatro Plaza

terça-feira, 26 de agosto de 2014

FonFon Records lança site

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Já está na internet o site da FonFon Records, com acervo dos projetos artísticos e musicais do curitibano Klaus Koti. O site tem sete seções com novidades e informações históricas sobre os projetos musicais O Lendário Chucorbillyman, Os Penitentes, Koti & Os Grimpas, The Artic Hollers e Hadevu e os Madorovas. Além de galeria com posters, xilogravuras, lenticular frames e uma loja virtual com discos, camisetas, bottons, posters, entre outros produtos. O site é um importante registro histórico sobre o trabalho cultural de Klaus Koti com opções de links para vídeos e reportagens, incluindo registros do Projeto Zombilly.
* Confira o site da FonFon Graphics and Records.

domingo, 24 de agosto de 2014

Termina tour do Movie Star Trash

tour
A banda Movie Star Trash saiu de Cianorte de volta para Curitiba. Nei, Matheus e Davi vieram acompanhados do nosso camarada Wallace (guitarrista do Ovos Presley) para um final de semana bem divertido. E quem estava com saudades do Projeto Zombilly teve uma noite bem bacana na última sexta-feira em Maringá. Mesmo com um final de semana cheio de eventos na cidade, tivemos um bom público. Como sempre falo: é uma grande satisfação ver um evento rolando e pessoas curtindo uma banda underground, sem oba oba e futilidades. É plugar os cabos e fazer o barulho rolar!
Infelizmente o show em Paraíso do Norte foi cancelado. Mas quem foi no Casa da Vó, em Maringá, e no General Lee, em Cianorte, teve o privilégio de ver e ouvir um dos melhores shows de surf music no Brasil hoje. Sem contar em Maringá o brinde ao público com quatro músicas do Ovos Presley numa formação primitiva de uma das maiores bandas da história do rock independente curitibano. Outra coisa bacana foi o horário mais cedo ter funcionado bem. Infelizmente, por ser sexta-feira, quem estuda ou dá aula não pode ir. Mas, por outro lado, muita gente que não ia mais aos shows por começarem e acabarem muito tarde puderam curtir o rock novamente. Há tempos queria voltar a fazer os eventos em horário mais cedo como fazíamos no Fernandes Bar. 
No sábado à tarde rolou uma edição especial do "Duelo da tosquera" com o Movie Star Trash tocando ao vivo no estúdio da Radio Cadillacs. E em Cianorte tivemos um almoço elaborado pela chef Matheus Moro. Até o Lux curtiu ter uma bagunça em casa.
Agradeço especialmente ao empenho dos músicos d´A Família Palim na ajuda na parte técnica do show em Maringá. Mesmo a banda sem tocar há um tempão, aceitaram participar e fizeram um show bem bacana em comemoração aos dez anos do grupo. E, claro, ao público que foi e quem ajudou a divulgar de alguma maneira.
Só como mostra que tudo foi bem bacana, há uma grande possibilidade do próximo evento do Projeto Zombilly ser um festival em novembro!
Agradeço nominalmente:
Movie Star Trash, A Sexta Geração da Família Palim do Norte da Turquia, Anderson Cruz, Gótico, Alvaro Alvinho, Marcos Barnabé, Eder Chapolla, Beto Vizzotto, Nelson Sato, Ademir Kimura, Ângelo Rigon, Jary Mercio, Paulo Petrini, Ji Ramos, Paulão Mohawk, Luiz Barbosa, Benê Tattoo, Hurricane Skates, Melomano Discos, Jabiraka, Prata Todo Dia, Breaknecks, Overkill MC, Folha de Londrina, UEM FM, Rádio Cadillacs, Folha de Cianorte, O Diário, Maringa.com, Paraíso do Rock, General Lee, Casa da Vó, Rock Cia, entre outros.

sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Movie Star Trash e A Família Palim tocam hoje em Maringá

mst-divulgação
Acontece hoje mais uma edição do Projeto Zombilly em Maringá. As atrações são as bandas Movie Star Trash (de Curitiba) e A Sexta Geração da Família Palim do Norte da Turquia (de Maringá). Haverá ainda exibição de trashmovies e discotecagem do Projeto Zombilly e Rádio Cadillacs.

O evento acontece no Casa da Vó Bar (avenida Euclides da Cunha, 155, próximo ao Country Club) em horário diferenciado: o bar abre às 20h, shows começam às 21h e terminam à meia noite.
Os ingressos custam R$ 12 (antecipados limitados) e R$ 17 (na portaria). Não haverá ingressos antecipados no bar. Os pontos de venda são:
- Hurricane Skates – rua Néo Alves Martins, fone: 3029-3040.
- Benê Tattoo – balão da av. Brasil, esquina com Av. Pedro Taques. Fone: 3024-9312.
- Radio Cadillacs – rua Arthur Thomas, 288, fone: 3302-1312.


O Projeto Zombilly agradece os apoios (Melomano Discos, Jabiraka, Breaknecks, UEM FM, Prata Todo Dia, Hurricane Skt, Benê Tattoo, Rádio Cadillacs, Paraíso do Rock, Folha de Cianorte, Casa da Vó e General Lee). E quem ajudou a divulgar de alguma forma. Confira as divulgações do evento:
- no jornal
Folha de Londrina ;
- no jornal
O Diário ;
- no jornal
Folha de Cianorte ;
- no site do Rigon ;
- no site
Maringá.com;
- programas com as bandas nas rádios UEM FM e Rádio Cadillacs .

Confira também:
- entrevista com A Família Palim ;
- entrevista com o Movie Star Trash ;
- programa de rádio com as bandas ;
- vídeo com trailer do evento .


O Movie Star Trash também tocará no General Lee, em Cianorte, no domingo (dia 24) às 15h.

A Família Palim promete show barulhento e rápido

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A banda é A Sexta Geração da Família Palim do Norte da Turquia. Não é somente a banda com um dos nomes mais longos do rock maringaense, como também das que tem mais personalidade. O grupo formado em 20004 já tem três discos lançados, tocou em vários estados brasileiros, participou de um programa da MTV e foi “expulso” de um concurso nacional de bandas por causa de uma de suas muitas letras polêmicas. Aliás, polêmica e diversão sempre andaram juntas com o grupo que passou de quinteto para quarteto, numa escala do local para o global, destacando a brincadeira conceitual com os nomes turcos.

Além do episódio com Toni Garrido, a banda compôs uma música irônica sobre um segmento roqueiro maringaense que priorizava mais o oba oba que ajudar as bandas efetivamente. Outro episódio que rende risadas entre os músicos foi a participação num festival popular na região. O público era bom, até os Palins darem os primeiros acordes. Uma clareira se abriu repentinamente e não ficou quase ninguém para ver o show.
O Projeto Zombilly tem orgulho de apresentar a banda em sua comemoração de dez anos de carreira. Os Palins já tocaram em outras edições do projeto cultural maringaense, inclusive participando de uma sessão no estúdio da UEM FM com a banda gravando versões ao vivo de algumas músicas.Entrevistamos o guitarrista e vocalista Fernando “Palim” que comentou sobre o show festivo dessa semana, lembrou de histórias curiosas e até anunciou novidades.
ZOMBILLY - Como será o set do show nessa comemoração de dez anos de banda?
FERNANDO PALIM
- Ensaiamos uma seleção dos três discos. As músicas mais punks dos três. O set está montado para que o show seja uma pedrada.
Faz um tempo q vocês não tocam. O que tem sido comum nos últimos anos... vocês conversam sobre isso ou é natural cada um ir cuidar de suas coisas pessoais, trampos, famílias?
Acho que é isso mesmo, as preocupações com as coisas da vida viraram prioridade agora. A idade pesa nessas horas. Mas, estamos voltando e teremos algumas novidades esse ano ainda.


familia palim02
O ultimo disco não teve muita divulgação. Há planos para lançar uma edição física ou fazer uma coletânea já que muita gente não conhece as músicas antigas?
O último disco teve algumas cópias físicas, em torno de 300. A coletânea está nos planos também, queremos lançar uma com algumas músicas inéditas ainda esse ano. Agora atualizar as gravações acho que não, ... só se for ao vivo.
Vocês sempre foram atuantes, com iniciativas de produzir show, tocar fora de Maringá... agora tem bastante banda na cidade, produtores... como você analisa o rock autoral maringaense?
Para falar a verdade não estou muito por dentro do momento atual das bandas da cidade. Mas me parece que tem coisa boa por aí. Gostaria que alguma banda da cidade conseguisse aparecer bem em um cenário maior, seria muito bom.
O que representa A Familia Palim pra você nesses dez anos?
Acho que a Familia Palim foi pioneira na cidade em vários aspectos: tivemos um disco muito tocado pelo país, aparecemos na MTV, começamos com a ideia de intercambio entre bandas na cidade, tocamos em uma boa parte desse país. Mas A Família Palim representa mesmo pra mim as amizades que fizemos. Principalmente entre nós mesmos e também com outras bandas. Isso tem um valor que ninguém tira.
Quais passagens mais curiosas que você tem da banda?
Acho que o episódio com o Tony Garrido foi bacana. Nos classificamos para um desses realities shows, do Guaraná Antártica. Fomos para São Paulo gravar e tudo. Eles não tinham ainda um apresentador. Quando definiram, esse era o Toni Garrido. Logo, nos tesouraram do festival. Sermos chamados de machista pelo Cachorro Grande foi engraçado também, no mínimo irônico né? [risos]


* Confira o Facebook d´A Sexta Geração da família Palim do Norte da Turquia.
Fotos: Andye Iore

quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Movie Star Trash quer dominar o mundo com instrumental sci-fi

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A banda é nova. Mas quem viu um show do Movie Star Trash se impressionou. E quem teve a oportunidade de ouvir alguma música do disco "No limite do Alerta" que está pronto teve a certeza que a surf music brasileira tem uma representante de nível gringo.

O trio curitibano formado em 2012 foca agora no lançamento do disco até o final do ano e começa a agendar shows pelo Brasil. Eles tocaram no maior festival de surf music brasileiro, o Campeonato Mineiro de Surf, em Belo Horizonte. E agora vão para o interior do Paraná, depois de apresentações bacanas no festival curitibano Psycho Carnival.
O set tem músicas antigas, outras do disco e algumas inéditas recentes no projeto de dominação mundial. Eles atacam com seus macacões repletos de armas para manipulação da mente humana.

E usam as ondas sonoras cnuma mistura da surf music clássica com a do revival da década de 1990 e tem referências de ficção científica cinematográfica e literária. O som embala histórias fantásticas e assustadoras.
O Projeto Zombilly entrevistou o baixista Nei Rodrigues que falou sobre a origem da banda, como foi gravar o disco, os planos da banda, entre outros assuntos.
ZOMBILLY - Como vocês montaram o Movie Star Trash?
NEI RODRIGUES - Tudo começou no final de 2010, quando eu e o Davi (guitarrista) fazíamos um curso de audiovisual no Colégio Estadual do Paraná. Entre um papo e outro sobre música, literatura e cinema, descobrimos que ambos gostavam de surf music. Surgiu aí a ideia de algum dia montar uma banda. Então no começo de 2012 começamos a por isso em prática. A primeira dificuldade foi achar o nome pra banda. Daí surgiu "Movie Star Trash", um jeito manero de agregar tudo o que nos influencia nesta cultura underground. Estava quase tudo pronto, pois já tínhamos a ideia de fazer um power trio... era só arranjar um baterista. O primeiro nome que surgiu foi nada mais nada menos que o polaco Ademir (do Ovos Presley). Começamos os ensaios em fevereiro de 2012. Mas logo em seguida o Ademir largou as baquetas. Então chamamos outro amigo nosso de longa data, o Matheus Moro, que foi o primeiro batera do Ovos Presley e também tocou nas primeiras formações do Hillbilly Rawhide. E assim estamos até hoje, ...tentando dominar o mundo! [risos]

Apesar da banda ser nova, vocês são bem atuantes, tocam bastante, fazem vídeos...
como é a iniciativa entre vocês pra divulgar a banda?
Uma das nossas grandes influências sempre foi o cimema, os "B-movies" pra ser mais exato. Então, sempre tentamos relacionar nossa música com imagens do gênero, vinhetas, cartazes com personagens trashes. Também usamos (quando dá) um video de plano de fundo no palco, com cenas de surf e filmes que vão do western a Sci-Fi, deixando a coisa toda, mais temática possível! Criando assim uma identidade...que ajuda muito a vender a ideia da banda.

Como foi pra chegar nessa concepção de surf music com sci-fi ?
Sempre gostei das bandas clássicas de surf dos anos 60. Mas depois que ouvi essa "surf music de retomada" como dizem, dos anos 90, influenciada pelo filme “Pulp Fiction”, ou não, foi amor à primeira vista. Depois disso ficou mais ampla a coisa toda. As bandas, no meu ver, começaram a inserir outros elementos em seus estilos, saindo um pouco daquela coisa de praia, praia praia... Assim surgindo outras temáticas. É ai que a gente entra. No sci-fi podemos fazer de tudo um pouco, mas sem fugir das raízes.


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É a primeira vez que vocês tocam por aqui. Como está a expectativa de tocar no interior do Paraná?
Essa vai será a segunda vez que tocamos fora de Curitiba. A primeira foi no 13º Primeiro Campeonato Mineiro de Surf, em Belo Horizonte. Agora estamos loucos pra pegar a estrada rumo ao interiorzão. Desde o começo da banda queríamos sair tocando por ai, espalhando a surf music por todos os lugares. Agora chegou a hora! Vamos fazer barulho por aí!

Como será o set dos shows?
Vamos fazer uma salada! Tem músicas do começo da banda como "West Dickens" do nossa primeira demo, misturadas com as musicas que estarão em nosso disco. E outras bem recentes como "Os Peixes Engoliram o Mar" que ainda nem foi gravada. E de quebra fazemos algumas homenagens com versões de bandas que nos influenciam. Entre elas Man or Astroman e Dick Dale.

Vocês tem um disco pronto. Como foi o trabalho para viabilizar isso?
O disco foi todo gravado numa pancada só, tudo junto e separado, se é que você me entende [risos]. Algumas músicas ficaram com a pegada bem crua e suja, outras com um toque mais suave. Foi produzido por Marcus "Coelho" Gusso, multi-instrumentista, figura conhecida em Curitiba por participar de varias bandas por aqui, incluindo uma das nossas influências, a banda de surf music clássico Maremotos. O disco que será lançado ainda este ano terá 16 faixas intitulado "No limite do Alerta". O álbum conta com uma participação pra lá de especial do nosso amigo Koti, mais conhecido como O Lendário Chucrobillyman, o onemanband mais motherfucker deste mundo! Ele toca steel guitar em três músicas, dando um toque mais elegante ao disco.

Quando sai o disco?
Estamos em conversa com alguns amigos que possam lançá-lo ainda este ano se for possível. [risos] Se não rolar, lançamos nós mesmos! Será em CD e a capa quem vai fazer é o G-Lerm (do Chernobillies). E de bônus ainda vamos lançar uma música em vinil na coletânea "Weirdo Fervo" produzida por Marky Wildstone (do Dead Rocks) que será lançada este ano.

* Confira a página do Movie Star Trash no Facebook.
* Formação: Davi Dornellas (guitarra), Nei Rodrixx (baixo) e Matheus Moro (bateria).
* Mais informações sobre os shows no interior do Paraná.
* Fotos: Andye Iore

quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Duelo da Tosquera – edição 14 – “Destruindo Carlinhos”


O programa "Duelo da Tosquera" dessa semana foi um dos mais divertidos que fizemos até hoje na Radio Cadillacs. Rolou muita descontração além dos tradicionais discos de vinil barulhentos tocados por Andye Iore e Paulão Mohawk. E, claro, o grande desabafo no final do programa ...

Iggy Pop – “Cold metal” (live 1988)
Scarecrows – El horneto verde
Ratos de Porão – Escravo da TV
Muzzarelas – Beer war


Jaosn & The Scorches – Ghost town
SAR – Wash the dishes
Los Dianos – Você se foi
Evis Idols – I wanna be your man
T Rex – Jeepster
Joe Strummer Rockabilly War – Trash city
Black Needles – Black sails
The Biggs – Bullet proof jacket


Movie Star Trash - Kosovo PicNic
As Radioativas – Isso é Rock´n´roll

quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Argentinos do Motorama começam tour brasileira

motorama
A banda argentina de rockabilly Motorama já está no Brasil para sua tour 2014 promovendo o disco novo “Ratas de ciudad”. Serão nove shows entre amanhã (14) e o dia 24 de agosto. A tour é promovida pela produtora Mamute Entertainment.
A banda tem grande afinidade com o público brasileiro, tanto é que essa é a quinta vez que eles tocam no Brasil.
Mas, agora tem uma novidade: o que era um trio, agora é um quarteto. O baixista Nico saiu para se dedicar a projetos pessoais em outro país. Com isso, entraram duas pessoas: a vocalista Daniela Pastuzuk e o baixista D-Rex. O quarteto já vem tocando junto há quase um ano e está bem entrosado.
O Projeto Zombilly entrevistou o baterista Lulo Esain que falou sobre a volta ao Brasil, a nova formação, o rockabilly argentino, entre outros asuntos. A banda avisa que trará para vender na tour o disco novo, camisetas, patches e bottons. 

ZOMBILLY – Como será o set da tour brasileira?
LULO ESAIN
 - O set da turnê terá músicas de nossos três álbuns, “Crisis” (2009), “Ball Gag” (2010) e “Ratas de ciudad” (2014). Os vocais agora estão a cargo de Daniela, mas há algumas músicas antigas e algunas versões que Sam canta e outras que eu canto.

Como está o Motorama agora com a nova formação?
A nova formação já está bem entrosada. Já fizemos muitos shows juntos, estamos tocando há mais ou menos um ano juntos. D-Rex tem um groove de baixo mais pesado e a voz de Daniela permite explorar mais os arranjos vocais. E Sam pode se concentrar mais na guitarra.

A Argentina sempre teve boas bandas de rockabilly. Como está hoje?
A cena rockabilly na Argentina não é por si só uma cena, pois de alguma forma depende um pouco de cena da garagem e surf. Na verdade, esses três estilos compartilham muitas datas e público, é quase uma única cena. Quanto ao rockabilly especificamente, como sempre, há bandas que se formam e acabam o tempo todo ou tem os membros trocados, alteraram o nome. É muito instável. A banda que toca há mais tempo é o Los Primitivos. Há algumas novas bandas como Los Coyotes, Speedway, Sam and The Roll Boys, Syd y Campeadores e también Flavio Casanova, um pioneiro do rockabilly dos anos 80 com seu o projeto atual La Rockaband. Nesse sentido Motorama gosta muito de compartilhar shows, seja com bandas de rockabilly, de punk rock, ska e indie rock. E isso faz com o nosso público não seja de "gueto", mas sim mais amplo.

Vocês já tocaram antes no Brasil. Como é voltar ao país onde vocês conseguiram muitos fãs?
Por sorte essa é a quinta vez que viajo para o Brasil e foram todas experiências maravilhosas. O público brasileiro sempre nos recebeu muito bem e conseguimos grandes amigos ao longo dos anos. O público conhece as letras das músicas, apesar de serem em espanhol !! Isso é fantástico e muito emocionante ao mesmo tempo. Sempre dá vontade de voltar!!

terça-feira, 12 de agosto de 2014

Zombilly no Radio – Movie Star Trash + A Família Palim

movie star trash
O programa Zombilly no Radio dessa semana é sobre a próxima edição do Projeto Zombilly com as bandas Movie Star Trash (de Curitiba) e A VI Geração da Família Palim do Norte da Turquia (de Maringá). Os shows serão no dia 22 de agosto (sexta-feira), no Casa da Vó Bar, em Maringá. E nós mostramos no programa um pouco de cada banda, ressaltando que A Família Palim comemora dez anos de banda nesse evento. Destacamos aqui a versão exclusiva de “Oreste´s song” que a banda maringaense gravou na Zombilly Tracks, ao vivo no Projeto Zombilly no estúdio da UEM FM em 2009. Já as músicas do Movie Star Trash são uma previa do disco "O Limite do alerta" que será lançado em breve.


* baixe o arquivo do programa em MP3 (108MB).
Track list:
Abertura
Movie Sar Trash
Movie Sar Trash – Movie Star Trash Song
Movie Sar Trash - Operacao Havana
Movie Sar Trash - Cometa 763
Movie Sar Trash - No limite do alerta
A VI Geração da Familia Palim do Norte da Turquia - Quero jogar sinuca na casa do Inri
A VI Geração da Familia Palim do Norte da Turquia - Indie D+
A VI Geração da Familia Palim do Norte da Turquia – Oreste´s Song (versão Zombilly, 2009)
A VI Geração da Familia Palim do Norte da Turquia - Caiu na Net é Pau!
The Penetrators - Codename Gypsy
Dick Dale - Miserlou
Los Straitjackets - Tempest
Man or AstroMan - A Reversal of Polarity
Ovos Presley - No Meu Carro
Movie Sar Trash - Lampião vs Alien
Movie Sar Trash - West Dickens
Movie Sar Trash - Fenda do Bikini
Movie Sar Trash - Movie Star Trash Song
Encerramento
Zombilly no Rádio – Especial Movie Star Trash + A Família Palim
Duração: 1h01
Pesquisa, acervo, apresentação e produção: Andye Iore
Datas:
• terça-feira (12 de agosto) às 21h - Rádio Cadillacs
• sexta-feira (15 de agosto) às 18h - Rádio Cadillacs
• sábado (16 de agosto) às 18h - UEM FM
• quarta-feira (20 de agosto) às 23h59 - UEM FM
Coordenação: Paulo Petrini (UEM FM), Paulão Mohawk (Radio Cadillacs)
www.zombilly.blogspot.com ;
Para ouvir - UEM FM ou Rádio Cadillacs .

quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Sick Sick Sinners faz tour europeia com 16 shows

sss-tour

Falta pouco mais de um mês para a banda curitibana de psychobilly Sick Sick Sinners voltar para a Europa em mais uma tour internacional, onde lançará seu terceiro disco. “Unfuckingstoppable” tem dez músicas e será lançado com a banda na estrada em vinil e CD pela Crazy Love Records. Serão 16 shows entre 18 de setembro e 5 de outubro passando por oito países. “Vamos tocar as músicas novas”, comentou o guitarrista e vocalista Vlad Urban (à direita na imagem), sobre o repertório da tour. “Se tocarmos versões serão as que já vínhamos tocando”.
Enquanto o embarque não chega a banda segue produzindo. Depois de participar do projeto Psycho Circus, com o vídeo de “We wanna drink some more”, agora eles tentam viabilizar um novo vídeo antes da viagem, para a música “Wild party in hell”.  Além de tentar um projeto para fazer um documentário sobre a tour europeia.
A banda levará a mala cheia. Além de pegar os discos na viagem, eles levarão camisetas e moletons com estampa da capa do disco e avisam que já preparam o lançamento do disco no Brasil na segunda quinzena de outubro.

Reverendo Frankenstein lança single virtual

reverendo
A banda paulistana Reverendo Frankenstein lançou essa semana um single virtual. O lançamento tem duas músicas: “Lado escuro” e a instrumental “A vingança de Frank”.
Essas são as primeiras gravações da banda, com os sons gravados entre março e abril, no estúdio HotJail, com produção de Joe Marshall (do Joe and the Wet Rags). “Ficamos muito tempo acertando a banda”, comentou o guitarrista Alex From Hell, sobre a demora de dois anos até gravar as primeiras músicas. “Amadurecemos o som e recomeçamos tudo de novo com as trocas de vocalistas. Até chegamos a gravar essas músicas como trio antes”. Ainda não há previsão de quando sairá o primeiro álbum do Reverendo Frankenstein. Enquanto isso, eles participarão de uma coletânea em vinil que será lançada até o final do ano.
O grupo foi formado em 2012 na região do ABC e hoje toca como quarteto com músicos experientes no cenário independente: Matheus Krempel (vocal, do Bombers), Alex from Hell (guitarra, do Kães Vadius e Scary Scums), Felipe Inri (baixo, do Kães Vadius) e Fabio Koveiro (bateria, do Kães Vadius e Krents).
A banda faz uma relação curiosa de seu nome com a sonoridade. Assim como Frankenstein foi feito com partes de outros corpos, eles juntam gêneros diferentes como surf music, rockabilly, punk rock e psychobilly para formar seu som. Além das duas músicas do singles, os fãs já conhecem dos shows “Trauma”, “Esse ser”, “Entre trevas”, entre outras. Além de algumas versões de bandas clássicas do psychobilly paulistano.
* Ouça as músicas do Reverendo Frankenstein.
* Confira a página no Facebook do Reverend Frankenstein.

quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Solidariedade do rock repassa R$ 20 mil para entidade assistencial

paraiso bandas

O festival Paraíso do Rock já é tradição em bons shows e no clima de camaradagem que rolam nos dois dias de julho já há sete edições anuais. Mas um dos aspectos mais importantes é a parte social. O lucro do evento é destinado para a Associação de Proteção a Maternidade e Infância (APMI/CEMIC) de Paraíso do Norte. Esse ano serão R$ 20 mil conforme anunciou a organização. “A sensação é de extrema alegria, mais um ano de bom público”, comentou o organizador Beto Vizzotto. “Agradecemos aos nossos parceiros que nos ajudaram no sucesso do festival e também a fazer essa bonita ação social”.
O Paraíso do Rock 2014 foi realizado nos dias 25 e 26 de julho e contou com as bandas Bidê ou Balde (RS), Pelea de Gallos (Argentina), Los Porongas (AC), The Jalmas (RS) e as paranaenses Gripe Forte, Montanas Trio, Green Hell e Arama Farpado. Outra atração foi o lançamento do livro “O bisbilhoteiro das galáxias”, do jornalista de O Estado de S. Paulo, Jotabê Medeiros. A organização do festival também adquiriu copias do livro para doar para bibliotecas da região.
O Paraíso do Rock agradece o apoio de: Caixa Econômica Federal, Itaipu Binacional, Raudi Industrias Químicas Sustentaveis, RPC TV, Radio Mundo Livre, Fertisolo Insumos Agrícolas, Coopcana, Radio Morena FM, Projeto Zombilly, Scatter Rock, Produtora Studio B e Prefeitura de Paraíso do Norte.
DEPOIMENTOS
“Estar no Paraíso do Rock foi uma honra. Nos sentimos em casa com as pessoas cantando as nossas músicas”, César Timm, vocalista do The Jalmas. A banda gaúcha foi uma das revelações do evento com a música “Sou bandido” sendo o hit do primeiro dia, cantada em coro pelo público.
“Uma cidade empenhada em realizar um festival que traz bandas do Brasil inteiro e de outros países e jornalistas. É gente se encontrando e  se conhecendo para encontrar alternativas para dar sentido á vida da gente que é a arte”, Diogo Soares, vocalista do Los Porongas, banda de Rio Branco, no Acre, a 1,2 mil quilômetros de Paraíso do Norte.
“Fizemos muitos contatos e a expectativa é que rendam bons frutos daqui para frente. Tocar no mesmo festival que uma banda que já tem mais de 15 anos de estrada faz com que tenhamos foco e persistência”, Thiago Guglielmi, guitarrista e vocalista do Montanas Trio, banda novata de Maringá.
Fotos: Andye Iore

terça-feira, 5 de agosto de 2014

Projeto Zombilly volta aos palcos com Movie Star Trash e A Família Palim

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O Projeto Zombilly volta com o rock tosquera ao vivo depois de uma pausa de dez meses. E a volta é em grande estilo. O show no bar Casa da Vó (avenida Euclides da Cunha, 155) será no dia 22 de agosto, sexta-feira com as bandas Movie Star Trash (surf music / garage, de Curitiba) e A Sexta Geração da Família Palim do Norte da Turquia (de Maringá).  Vale ressaltar que esse será um evento especial que começará cedo (o bar abre às 20h) e acabará à meia noite. Quem quiser ir pra outro evento terá tempo e quem quiser continuar no Casa da Vó poderá curtir discotecagem do Projeto Zombilly e da Rádio Cadillacs após os shows.
Os ingressos custam R$ 12 (antecipado limitado) e R$ 17 no dia. Há apenas 50 ingressos antecipados. Quem comprar antecipado ganha um botton do evento a ser retirado no ponto de venda na hora da compra. Os pontos são:
- Hurricane Skates – rua Néo Alves Martins, fone: 3029-3040.
- Benê Tattoo – balão da av. Brasil, esquina com Av. Pedro Taques. Fone: 3024-9312.
- Radio Cadillacs – rua Arthur Thomas, 288, fone: 3302-1312.
APOIO: Casa da Vó, UEM FM, Radio Cadillacs, Hurricane Skates, Benê Tattoo, Jabiraka, melomano Discos, Breaknecks, Prata Todo Dia, Studio Vox, Esquema Rock Livre, Timbre Noise, FFAR, Blog do Rigon, Folha de Cianorte, General Lee, Paraíso do Rock, RedCor.
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MOVIE STAR TRASH - A Movie Star Trash é uma banda de surf music e garage de Curitiba que se destaca como uma das principais do gênero no Brasil. O trio já tocou no Psycho Carnival por duas vezes e foi uma das atrações principais da 13ª edição do Campeonato Mineiro de Surf, o maior evento de surf music brasileiro, realizado em Belo Horizonte (MG) em abril desse ano.
A banda foi formada em 2012 por músicos experientes que já passaram por bandas curitibanas de destaque no cenário punk, garage, psychobilly e hillbilly como Ovos Presley, Hillbilly Rawhide, entre outras.
O Movie Star Trash mistura a surf music clássica com a da década de 1990 e literatura e cinema de ficção científica. Entre as influências estão Dick Dale, Man or Astroman, Los Straitjackets, entre outras.
A banda lançou uma previa do disco "O Limite do alerta" para o festival em Belo Horizonte. A edição definitiva do álbum será lançada em breve. Enquanto isso, o trio participou do projeto Psycho Circus que produziu vídeos de dez bandas curitibanas.Formação: Davi Dornellas (guitarra), Nei Rodrixx (baixo) e Matheus Moro (bateria).
* Confira o Facebook da banda.
* Veja vídeo do Movie Star Trash tocando “No limite do alerta”.
* Veja o vídeo de "Tentáculos do Polvo Doppler".

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A VI GERAÇÃO DA FAMÍLIA PALIM DO NORTE DA TURQUIA - A abertura da noite será da banda maringaense A VI Geração da Família Palim do Norte da Turquia que sai de uma pausa de quase um ano para lançar um vídeo novo e comemorar dez anos de banda nesse evento do Projeto Zombilly. O quarteto lançou ontem na internet vídeo para a música “Black smoke”, com produção caprichada de Vini Mania e Alvaro Sasaki.
A Família Palim é uma das mais representativas bandas do rock maringaense. Eles já lançaram três discos, tocaram em diferentes estados e até participaram de um programa da extinta MTV. O quarteto faz uma mistura de Ramones, AC/DC e rock nacional dos anos 80 com letras sobre situações relacionadas a Maringá.
* Confira o Facebook da Família Palim.
* Veja vídeo da música “
Indie D+”.
* Veja vídeo de “
Quero jogar sinuca na casa do INRI”.
* Veja o vídeo novo “
Black smoke”.

TOUR
A agenda do Movie Star Trash na região é:
* dia 22, sexta, às 21h, no Casa da Vó, em Maringá
* dia 23, sábado, em Paraíso do Norte
* dia 24, domingo, às 15h, no General Lee, em Cianorte

Fotos: Andye Iore

segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Livro mostra os bastidores da gravação de disco punk histórico

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Já está nas prateleiras das livrarias em todo o Brasil o livro “Dead Kennedys - Fresh Fruit for Rotting Vegetables [os primeiros anos]”, escrito por Alex Ogg, lançado pela Edições Ideal. O livro teve tradução para o português por Alexandre Saldanha “Arroz”, que já traduziu o “Na estrada com Ramones”.
O livro aborda cinco anos na história do Dead Kennedys. Vai desde a formação da cena punk em San Francisco, em 1977, com os músicos do DK começando a tocar e buscando parceiros para formar bandas até mudanças na formação e o começo dos trabalhos para o segundo disco “Plastic Surgery Disasters” em 1982.
Há muitas curiosidades bacanas e o livro é ricamente ilustrado. Das 230 páginas, 105 são de fotografias e ilustrações. O livro conta que o disco “Fresh Fruit for Rotting Vegetables”, um dos mais influentes da história do rock, foi gravado em 16 canais, em 1980, e os bastidores das gravações. “O que eu estava tentando fazer era uma música do Dead Kennedys que tivesse a força do Sonics”, relata Jello Biafra sobre sua inspiração para “Funland at the beach” e que eles decidiram no estúdio gravar mais uma guitarra em outro canal ao estilo twang de Duane Eddy.
Também há histórias sobre shows. Como uma que reúne o DK, The Clash e The Cramps. “Acho que ficamos com uma má impressão deles [The Clash], porque fizeram uma passagem de som de quatro horas. Eles mostravam que eram gente do povo dando guitarras para as crianças tocarem ‘Louie Louie’, enquanto o Cramps, Dead Kennedys e o Rockabilly Rebels esperavam pela passagem de som que nunca aconteceu. Então, eles foram para o hotel e só voltaram instantes antes de subirem ao palco. Não foi um momento importante na história do Dead Kennedys”.
Outra bacana sobre shows foi numa tour na Inglaterra, onde a banda não tinha nem lugar para dormir. No meio de um show, roubaram os óculos do baixista Klaus Flouride. A banda anunciou que não faria o bis se não devolvessem os óculos [compre o livro para saber o que aconteceu]. A tour teve shows cancelados e críticas da imprensa tanto pelo nome da banda como pelo teor das letras.
Uma das curiosidades mais bacanas é sobre o famoso encarte do disco “Fresh Fruit for Rotting Vegetables”. Jello Biafra revela que passou 36 horas fazendo as colagens em cima de um pôster do filme “Grease” e escutando o disco “Closer”, do Joy Division. A arte foi feita em parceria com o amigo artista e designer Wisnton Smith, que se tornaria o responsável por quase toda a arte de discos, flyers e cartazes da banda.
NO BRASIL - O disco “Fresh Fruit for Rotting Vegetables” foi lançado no Brasil em 1986. Surpreendentemente, a Continental – gravadora de discos populares e sertanejos – fez uma edição caprichada com vinil branco e o pôster encarte na íntegra. Se você tiver um pouco de sorte ainda consegue encontrar uma edição especial (importada, claro) do “Fresh Fruit for Rotting Vegetables” lançada em 2005 pela Cherry Red, em celebração aos 25 anos do disco. Ela vem com o CD e um DVD com um documentário sobre o álbum.
O Projeto Zombilly bateu um papo com o tradutor Alexandre Saldanha para saber como foi trabalhar nesse projeto:
ZOMBILLY - Como foi trabalhar num projeto sobre uma das principais bandas da historia do rock?
ALEXANDRE SALDANHA - Foi bem legal! Ao contrário do trabalho de tradução dos Ramones, eu não sabia muita coisa (quase nada, na verdade) sobre a história os Dead Kennedys. Já era fã da música e sabia que eles viviam brigando na justiça. Foi muito bom trabalhar nessa tradução e me aprofundar na banda que lançou um dos melhores discos da história do punk!
Teve alguma história que você não conhecia que te surpreendeu ou ficou sabendo pelo livro?O que eu achei mais interessante do livro foi conhecer as histórias dos integrantes antes de formar os DK. Nunca ia imaginar que o East Bay Ray tocava em banda de bailinho e nem que o Klaus Floride tocou blues durante 10 anos antes de entrar no punk.  Era para montar uma banda punk, mas todo mundo tinha que tocar bem.
* Se você não achar o livro em sua cidade pode comprar pelo site da Ideal. Há duas opções: capa soft por R$ 39,90 e hard por R$ 59,90.

domingo, 3 de agosto de 2014

Zombilly no Radio - Especial com Daune Eddy

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O programa Zombilly no Radio dessa semana é um especial sobre Duane Eddy. Vamos tocar 19 músicas e contar a história desse que é um dos principais guitarristas do rock´n´roll. Duane Eddy desenvolveu uma técnica de tocar as cordas graves com um reverb que ele batizou de twangy. As músicas de Duane Eddy influenciaram bandas de surf music, blues, rockabilly, punk e pop. Entre elas Beatles, The Cramps, Beach Boys, Dead Kennedys, entre outras.
Ao lado de Link Wray e Dick Dale, Duane Eddy é mestre do rock instrumental, mas conseguiu sucesso comercial enquanto os outros dois são mais idolatrados no cenário independente.
Duane Eddy gravou a primeira música em 1955 numa radio e lançou primeiro disco em 1958. Na década de 1960 Duane Eddy vendeu milhões de discos e foi nomeado no Rock and Roll Hall of Fame em 1994. Ele gravou 23 discos, sendo o último em 2011. Mas ele segue tocando em tours.
TRACK LIST:
Abertura
Duane Eddy - Ghost riders in the sky
Duane Eddy - Up and Down
Duane Eddy - Mason Dixon Lion
Duane Eddy - Rockabilly Holiday
Duane Eddy – Cannonball
Duane Eddy - Honky Tonk
Duane Eddy - The Walker
Duane Eddy - I Almost Lost My Mind
Duane Eddy - The Lonely One
Duane Eddy – Ramrod
Duane Eddy - Peter Gunn
Duane Eddy – Raunchy
Duane Eddy – Detour
Duane Eddy – Shazam
Duane Eddy - Lonesome Road
Duane Eddy – Anytime
Duane Eddy - (Dance With The) Guitar Man
Duane Eddy - Moovin' 'N' Groovin'
Duane Eddy - Rebel Rouser
Encerramento
Zombilly no Rádio – Especial Duane Eddy
Duração: 1h02
Pesquisa, acervo, apresentação e produção: Andye Iore
Datas:
• terça-feira (5 de agosto) às 21h - Rádio Cadillacs
• sexta-feira (8 de agosto) às 18h - Rádio Cadillacs
• sábado (9 de agosto) às 18h - UEM FM
• quarta-feira (13 de agosto) às 23h59 - UEM FM
Coordenação: Paulo Petrini (UEM FM), Paulão Mohawk (Radio Cadillacs)
www.zombilly.blogspot.com ;
Para ouvir -
UEM FM ou Rádio Cadillacs .

sexta-feira, 1 de agosto de 2014

Ignorados pelo sistema

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A banda existe desde 2007, nunca fez show em sua cidade – a não ser um em um sitio – e quando ensaia os vizinhos chamam a polícia. Essa é a curiosa história da banda de death metal OdioFarpas, de Jussara (a aproximadamente 60km de Maringá). A pequena cidade do interior do Paraná tem apenas 6 mil habitantes e nenhuma tradição cultural. A não ser como opção de lazer os mais chucros shows sertanejos covers e os rodeios pela região.
Mesmo com as restrições e limitações Maximiliano (foto acima, vocal), Victor Mantovani (guitarra), Marcelo Rocha (baixo) e Vinícius Mantovani (bateria) não desistem e seguem tocando com o sonho de gravar um CD, depois de aprenderem a tocar juntos. E após, claro, de superar outra barreira tradicional no underground: a falta de grana. “Pretendemos gravar nosso disco no próximo ano”, comentou o vocalista Max.
O OdioFarpas tem repertório com músicas próprias com influência de clássicos do gênero como Morbid Angel, Death e Cannibal Corpse. Assim como os mestres nacionais Dorsal Atlântica e Krisiun e valorizando as bandas regionais como a londrinense Subtera e a maringaense Holder.
Além de morarem em cidade pequena e a falta de recursos, o OdioFarpas também é vítima do tradicional preconceito contra quem faz um som mais extremo. “Parece que a cidade é contra nós”, anuncia Max. “Começamos a ensaiar e já chamam a policia. Dizem que nossa música é de drogado, que fazemos apologia ao diabo. Mas, só retratamos a realidade que é mais assustadora que o próprio inferno”.
- Contatos com a banda pelo Facebook.- Blog do OdioFarpas.
Fotos: Andye Iore
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